Câmbio automático consome mais combustível?


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Se você dirige, certamente já deve ter ouvido falar sobre o mito de que o câmbio automático dos veículos consome mais combustível do que o câmbio manual. Para esclarecer essa duvida, o Pense Carros consultou o especialista Alessandro Rubio, do CESVI Brasil (Centro de Experimentação e Segurança Viária).

Existe diferença?
Até a década de 90, grande parte dos veículos automáticos possuía apenas quatro marchas. Ao serem comparados com seus modelos idênticos, porém equipados com câmbio manual de cinco marchas, ficavam em desvantagem no quesito eficiência. “Antigamente um sedã médio com câmbio automático de quatro marchas, chegava a gastar 7,5 quilômetros por litro, enquanto que o mesmo modelo com câmbio mecânico desempenhava nove quilômetros por litro, ou seja, cerca de 20% a mais do que a versão manual”, explica Rubio.

Segundo o especialista, na última década os câmbios automáticos foram modernizados, recebendo não só o mesmo número de marchas da opção manual, mas em alguns casos até mais marchas do que a versão manual. As tecnologias mais avançadas, tornaram a diferença de consumo entre as duas opções, quase inexistente. Um exemplo de tecnologia avançada nesse segmento é o câmbio de dupla embreagem com sistema robotizado ou DSG (Direct-Shift Gearbox), que equipa alguns veículos premium, das principais marcas do mercado.

O sistema DSG é automatizado, mas permite trocas de marcha no modo manual e no modo automático. “O sistema possui duas embreagem, uma para as marchas pares e outras para as marchas ímpares, isso garante maior agilidade na troca, e assim, maior economia de combustível”, explica Rubio.

Outras influências
Mesmo que os diferentes tipos de câmbio da atualidade ofereçam as mesmas condições de eficiência, outros fatores, como o modo de condução do motorista e o tipo de percurso realizado, também influenciam diretamente no desempenho.

Confira dicas do especialista para economizar combustível

•  Câmbio mecânico: “Para otimizar o consumo de combustível, o motorista não deve esticar as marchas, fazendo a troca entre 2.500 e 3 mil giros, ou seja em baixa rotação”, explica o especialista. Outra recomendação importante para diminuir o consumo é a escolha de um carro compatível com o estilo de vida e a necessidade do motorista. “Às vezes, o motorista precisa de um carro com maior potência para realizar percursos mais difíceis, mas ao usar um carro com motor 1.0 pode acabar gastando muito mais combustível”, alerta.

•  Câmbio automático: “Para aperfeiçoar ao máximo a eficiência do câmbio automático, evite as arrancadas/acelerações bruscas e a troca de marchas com giros altos (acima dos 4500 rpm)”. Para saber qual é a faixa de rotação ideal para a troca de marcha do seu veículo, consulte o manual do proprietário ou busque mais informações na concessionária.

Fonte: www.pensecarros.com.br